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COP 26: entenda a importância deste encontro global

Encerra-se hoje a COP 26, encontro mundial que acontece desde o dia 31 de outubro em Glasgow, na Escócia, reunindo representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris.

A COP26 é a vigésima sexta edição da “Conferência das Partes”, uma reunião anual organizada pelas Nações Unidas que inclui diversos países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). O objetivo dessa convenção foi a busca por uma estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. 

Durante as COPs são discutidas questões referentes às mudanças climáticas e estabelecimento de limites e metas pelos os diversos países. Na COP de 2015 foi formulado o  Acordo de Paris, definindo que todos os países do estabeleceriam medidas para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima das temperaturas da era pré-industrial, e ampliar o financiamento em ação climática.  Na COP 26 devem ser finalizadas as regras necessárias para a implementação do acordo. 

 

Principais pautas discutidas

 

  1. Garantir que o mundo elimine as emissões de carbono até meados do século e mantenha a meta de não ultrapassar o aumento da temperatura global em 1,5°C  
  • acelerando a eliminação do uso de carvão;
  • reduzindo o desmatamento;
  • acelerando a mudança para veículos elétricos;
  • incentivando o investimento em energias renováveis.
  1. Adaptação para proteger as comunidades e habitats naturais
  • protegendo e restaurando ecossistemas;
  • construindo defesas, sistemas de alerta e infraestrutura resiliente e agricultura para evitar a perda de casas, meios de subsistência e até mesmo vidas.
  1. Mobilizar finanças 
  • mobilizando pelo menos US $ 100 bilhões em financiamento climático por ano até 2020 (países desenvolvidos).
  1. Trabalho conjunto
  • enfrentando os desafios da crise climática trabalhando juntos;
  • finalizando o Livro de Regras de Paris (as regras detalhadas que tornam o Acordo de Paris operacional);
  • acelerando as ações para enfrentar a crise climática por meio da colaboração entre governos, empresas e a sociedade civil.

 

Rio de Janeiro e a COP26

 

O governo do Rio de Janeiro assumiu o compromisso de elevar de 30% para 40% a cobertura florestal de Mata Atlântica no estado até 2050. Para tal, está previsto, no programa Florestas do Amanhã, o reflorestamento de mais de 5 mil hectares de Mata Atlântica no estado, com o plantio de 2,5 milhões de mudas de espécies do bioma em unidades de conservação e em outras áreas prioritárias espalhadas pelo território fluminense (Agência Brasil, 2021).  Outra medida adotada foi incluir como critério do ICMS Ecológico um indicador baseado em adaptação às mudanças climáticas.

O Rio esteve em duas coalizações climáticas, a Under 2 e a Regions4. Com isso, assume compromissos como: elaborar a estratégia estadual de adaptação às mudanças climáticas; revisar o plano de ação estadual sobre a mudança climática em conformidade com o objetivo do Acordo de Paris; conservar pelo menos 30% das terras e águas costeiras até 2030; e restauração em larga escala de florestas e outros ecossistemas nativos.
Além disso, o estado passa também a aderir aos programas globais de redução de emissões das Nações Unidas – “Race to Zero” e “Race to Resilience”, que buscam o engajamento de governos, empresas, investidores, acadêmicos e lideranças da sociedade civil para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

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